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Mostrando postagens com marcador Poesia. Mostrar todas as postagens
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domingo, novembro 09, 2008

Eu acabei de criar um novo espaço no Epifania, chamado Artevarias Blog. Fica ali logo do lado direito após a lista de blogs do Epifania. Trata-se de uma lista de blogs ligados às artes em geral. De arquitetura à xilografia, passando por arte japonesa e ilustrações medievais. A lista foi montada a dedo, depois da visita a pelo menos uns 200 blogs da área. Modéstia a parte, ficou uma lista espetacular. Confiram!



Livro para todos & a Bienal dos Piores Poemas

Meu amigo Tiago me mostrou este ótimo site chamado Projeto Livro para Todos. Lá você conseguirá baixar vários livros em pdf ou doc para o seu computador. Vale a pena conferir! Já o meu outro amigo Perro Hongo, acaba de me mostrar a VI Bienal dos Piores Poemas! E olha que é por aqui pelas bandas de onde é escrito o Epifania!


Lista de Presentes do Epifania

Se alguém quiser contribuir para a felicidade deste escriba que aqui vos fala, humildemente lhe deixo a lista de presentes do Epifania! Lembrando que o natal está chegando, heim!

quarta-feira, outubro 22, 2008

Como estamos hoje em clima de festa total pela reinauguração dos blogs, trago para vocês essa parte do espetacular video do Gregory Colbert chamado Ashes and Snow. Mais do que isso, prometo que hoje ainda sairá um novo texto baseado nestas imagens!

terça-feira, novembro 27, 2007

A cada ponto, a cada palavra, cada verso, cada intento, cada lamento, cada frase, de mal gosto e sofrer, cada espinho, cada grão e cada branco, cada doer, a cada vinho e cada sangue, a cada salto e nada em troca, cada lâmina e mal fazer, cada errar em cada caminho, me digo errado em cada ponto, me faço andante em cada espinho, sorriso triste em cada pálpebra, cada cama, sonhar rasgado, espelhos, lamentos de mim, cada erro e cada vagar, sempre em mim, demasiado em todos, e nada mais, por fim e sempre desejar, espinhar, urdir.

terça-feira, maio 03, 2005

Fugi aos céus, largando a terra,
voltando em círculo pra beijar
teu mar.
Eu sou um vazio à cata de um minuto. Espero, soluço, sei.
E por certo seria melhor me apresentar com nomes.
Mas minha vida é rótulo aberto, dobrado, jogado ao mar.

Eu sou um vazio à cata de um vendaval. Incerto, sozinho, sei.
E por certo seria melhor não me enfeitar de nomes.
Mas minha vida é uma oração, caída, prostrada ao mar.

Eu sou a mão quente que ajeita a vela. Inquieta, sofrida, sei.
E por certo seria melhor me esconder dos nomes.
Mas minha vida é a fé batendo na pedra, dobrada ao mar.

Eu sou o vendaval que te espera. Incerto, sofrido, sei.
E por certo seria melhor esquecer meus nomes.
Mas minha vida é me fazer pedra, à espreita, no meio do mar.

sexta-feira, março 18, 2005

Naquela página do dia que é minha memória está assim escrito....não farás!
Mas naquela ânsia do dia em que se foi minha vida me fiz assim por ela,
um assim esquecer. E tudo foi como um rasgo no tempo... e nada além.

segunda-feira, março 14, 2005



Há de se ter um em torno. Há de se ter um em torno da volta. Há de se ter um - lugar, um marco no plano, mais que retorno. Há de se ter marco no mapa, mais que em torno. Círculo cêntrico, círculo múltiplo em toda a esfera. Ceteris mapas, ceteris mundis, circulus maximus.

Em torno do azul do em todo o laranja, cor em barro de enlameadas mãos. Terras de outrem, terras de mim, circulum máximo, borra-se o plano. toca-se a linha, pés em terra.
A vida é um
circulum minimum, esferas de máximos, em torno dos homens, cruzando rabiscos, à espera do mar. Doce mar.

quinta-feira, março 10, 2005

O dedo, anular, procurando o centro da mão. A mão, quase-aberta, procurando o centro da força. A força, meio fraca, procurando o eixo do corpo. O corpo, meio velho, procurando o prumo da alma. A alma, absorta, procurando uma roupa teatral. A roupa, meio tosca, procurando a mão pra lhe sentir. A mão, quase fechada, baixando a calça num despir. O corpo, quase nu, procurando um colo para deitar. O colo, penitente, procurando palavras pra contar. A palavra, agora quente, procurando a ânsia pra tocar. A ânsia, bem tocada, procurando a alma pra voar. A alma, já latente, procurando a outra pra tocar. A outra, já presente, procurando o dedo anular. O dedo, lábio e dente, procurando pêlos a plainar. O pelo, eriçada a mente, procurando o corpo a pousar. O corpo, molhado e jovem, encontradando prumos a sentar. O prumo, rodadando o eixo, encontrando a força toda aberta. Aberta, toda ela, olhar e dente, encontrando o dedo anular.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Eu sou o acaso de meus encontros, a pista de meus erros, o engano de meus propósitos. No mais, entre um ponto, um termo e outro... sonho.

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Aos três meses só de idade
Em seu rosto resplandece
Luz de intensa claridade
Luz que ameiga e que enternece.

Toda a vez que alguém o fita,
Com ternura e cortesia,
Em retorno, nunca hesita
Em sorrir com simpatia.

Quer mostrar a todo mundo
A boquinha a sorrir...
Santo Deus! Como é fecundo
Seu jeitinho de sentir!

A Jesus agradecemos,
Ao findar de mais um dia,
Pelo filho que já temos
Neste lar - todo alegria!

Luiz da Silveira Reys (meu pai)


Poema escrito três meses após o meu nascimento. Encontrei-o hoje, na sua simplicidade e delicadeza, bem no meio de um velho livro de teoria literária, perdido no tempo, guardado pelos anos e anos, só por hora, agora, aqui, descoberto e lido. Sua benção, meu pai!

sábado, janeiro 29, 2005

Existe uma razão em tudo. O poeta nega a razão e Deus reza por ele.




Existe uma reza para tudo. Deus nega a razão e o poeta...
O poeta reza por razões divinas.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Vem! Recorta teu salto em grande passo. Vem. Se achegue com a pálpebra aberta. Teus pêlos para mim são sirius, estrelas envoltas em tez. Cala agora teu pulso. Soluça baixinho para te sentir lá dentro. Sou um lápis a te desenhar nas horas internas. Pois então faça-te. Apaga meus lábios com as cores do perdão. Socorre-te a mim resgata. Sou Akanutis, a palavra esquecida que te criou. Mata-me agora, ergue-te. Sofrega-te no meu calor. Sou agora giz e letra viva no teu quarto das horas. Passa-me, esquece-me akanutis, para sempre amada. Solta-me, livra-me, morre-me, fala-me - eu sou agora em ti, dizendo, amém-me.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Tive um debate um tempo atrás com um rapaz criacionista que advogava ser o Genesis um livro histórico, dentre outras "viagens" criacionistas. Pois bem, vou postar aqui minha resposta a ele, basicamente sobre o texto em Genesis 1. Inicialmente, em minhas considerações, falarei um pouco sobre o paralelismo, uma forma típica da poesia judaica bíblica. Então vamos lá:

Vamos acompanhar o que o Centro de Pesquisas do Hebreu Antigo tem a nos dizer sobre o paralelismo: Como a poesia hebraica é escrita de uma forma muito diferente do que o nosso próprio estilo ocidental de poesia, muitos não reconhecem a poesia, o qual pode causar problemas quando da tradução ou interpretação das passagens. Aproximadamente 75% do Tanach (Velho Testamento) é poesia. Todos os Salmos e Provérbios são poesia hebraica. MESMO O LIVRO DO GENESIS É REPLETO DE POESIA. Existem diversas razões para os Hebreus terem usado poesia. Muito da Torah foi cantada. Poesias e canções são mais fácies de memorizar do que textos corridos. A poesia paralelística (COMO em GENESIS 1) enfatiza algo de grande importância, como a estória da criação o é. Os rabinos acreditavam que se alguma coisa é digna de ser dita, ela deve ser ditaa de uma forma cheia de beleza. Existe muito mais poesia na Bíblia do que muitos pensam porque a maioria das pessoas não a entende.[Tradução nossa]

Alguns sites de apologética criacionista tal como o Christian Answers [que sustenta a insustentável idéia de que foi Moisés quem escreveu a Torá] ou o Lambert Dolphin através de alguns artigos tais como Syntax and Semantics in Genesis One e Is Genesis Poetry or Historic Narrative sustentam a idéia de que Gênesis 1 seria uma narrativa histórica ao invés de um texto poético. O argumento básico utilizado é o que o texto em Gênesis não contem a estrutura básica do poema hebraico chamado paralelismo. Tal estrutura poética se dá quando o autor se utiliza de duas ou mais formas diferentes para falar sobre algo. Inexistiria tal estrutura então no Gênesis? Confiram o que este artigo tem a nos dizer sobre isso. A conclusão do mesmo se dá na seguinte forma: Deve ser lembrado que os modernos pensadores ocidentais vêem os eventos em uma lógica de etapas. Esta é a a idéia de que cada evento vem depois de um prévio formando uma série de eventos em uma linha do tempo linear. Mas os Hebreus não pensam em uma lógica de etapas mas em uma lógica de blocos. Isto é o agrupamento conjunto de idéias similares juntas ou não em uma ordem cronológica. A maioria das pessoas lêem o Capítulo 1 do Gênesis através de uma perspectiva de lógica de etapas ou cronológica, menos do que através de blocos lógicos tão comum na poesia hebraica.[tradução nossa]Como pode ser visto, a devida atenção às tradições orais do povo hebreu bem como da real e concreta atenção às variações da forma poética do paralelismo irão nos mostrar a poeticidade do texto em Genesis.

Como um belo exemplo dessa poeticidade, podemos encontrar nessa tradução para o inglês ou na versão de Haroldo de Campos [BereShit], certamente um dos nosso maiores tradutores nacionais, a qual colocarei os primeiros versos e que pode ser encontrada à venda aqui :

1. No começar Deus criando
O fogoágua e a terra

2. E a terra era lodo torvo
e a treva sobre o rosto do abismo
E o sopro-Deus
revoa sobre o rosto da água

3. E Deus disse seja luz
E foi luz

4. E Deus viu que a luz era boa
E Deus dividiu
entre a luz e a treva

5. E Deus chamou à luz dia
e à treva chamou noite
E foi tarde e foi manhã
dia um....

Finalizando, me lembro de uma frase de um amigo poeta, o Flávio Boaventura que nos dá uma dica bem sutil sobre a questão da sensibilidade e da poesia. A frase é a seguinte:"Quem define a poesia, definha a poesia."

Ps. Estes criacionistas realmente são da pá-virada. Geralmente sempre tem algum físico Phd da Nasa que lecionou no MIT ou alguma Universidade Européia e tal... nunca falta. Mas o cúmulo do cúmulo é realmente este site chamado The Earth is Not Moving.

[Ouvindo: Brade - Canzon - (205) (Music of the Waits) - Dance Music of the High Renais (2:50)]

quinta-feira, novembro 25, 2004

Me perguntaram então se estaríamos nos aproximando do final dos tempos. E então me veio Drummond me dizendo sobre a repetição dos tempos

Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.


PS. Frase boa para se pensar: sou doido por natureza, não por treinamento.
Você está em qual grupo?

terça-feira, outubro 05, 2004

Sangrei no largo do sonho o meu sacrar,
afiando a língua nas dobras de um querer
ao qual, ao nunca, por destino, errei, chegar.

domingo, setembro 21, 2003

E N R E D E A R p o e t a m a r I N V E R S A R f a b r i r A R C A R n u n c a l a r I N C U L T A R a v o a r

quarta-feira, setembro 03, 2003




É clara e estrondante
É negra e angustiante

A dor que me punge
A alegria indizível

De me cantar em versos
Te mostrar em letras
Recolher meus restos

Nada tenho
Só me espanto
De em parcas linhas desgrenhadas
Ver o pó e a magia

Quando morro e renasço
Ao desenhar poesia

quarta-feira, julho 30, 2003

Eu ando e as minhas pegadas andam por mim
É o caminho que me escolhe
Eu ando e o caminho anda por mim
É a pegada que me escolhe
Eu desejo e o meu querer caminha por mim
É o caminho que me escolhe
Eu quero e o tempo deseja por mim
É o desejo que me escolhe
Eu amo e o tempo vigia por mim
É a amada que me escolhe
Eu insisto e o caminho anda por mim
É a porta que me escolhe
Eu chego e o querer entra por mim
É a vida que me acolhe.

sexta-feira, junho 20, 2003

De uma boa indicação e da ânsia desatada fez-se a volúpia da compra e eis que aí está o livro - O Mundo como Idéia, de Bruno Tolentino. Estou lendo e até o momento, recomendo a todos.

"Cantar não deixa marcas no fugaz,
não molda o passageiro, não alcança
nem sequer os perímetros da dança,
o canto é apenas outro sopro a mais.
A mente quer sumir, fundir-se atrás
da sombra de uma chama, não se cansa
de fazer como faz uma criança
buscando se esconder sem ser capaz
senão de amontoar-se entre os lençóis...
Não vejo como alcance atravessar
o centro da fogueira e virar voz:
o grito que circunda de lugar
em lugar o real desfaz-se em nós
e o que alcança dizer some no ar."



segunda-feira, junho 02, 2003

Ando conjugando verbos de morte
e tudo seria melhor
se o verbo fosse a noite
e meu leito o vazio do céu.

Em dia, no retorno a mim, vou
calar, não falar e não voar,
fazer de todo não, bem escrito,
um derradeiro sim.

Ando conjugando erros à sorte
e tudo seria melhor
se o vazio fosse o leito
e minha noite um verbo no céu.

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